A antecâmara da existência
Uma prisão? O espaço confinado a que estava restringido parecia-lhe ficar menor a cada dia que passava. A sua pequena cela não tinha janelas, apenas a clemência de uma fusca claridade que toldava mais do que revelava os limites da sua existência. Onde estaria ele? Estaria ali há quanto tempo? A verdade é que não tinha qualquer memória clara de outro local ou condição, e a ausência quase total de estímulos sensoriais tornava impossível qualquer tentativa de avaliar a passagem