A rapariga e o tigre
A chuva não parava de cair há três dias e sob as folhas espessas e viçosas de uma palmeira um tigre espreguiçava-se. Os pingos, grandes como cogumelos, fustigavam incessantemente a árvore num batuque que se prolongava, hora após hora, dia após dia. Por vezes, ajudados pelo vento ligeiro que conseguia atravessar o labirinto vegetal e chegar ao interior da floresta, algumas gotas de chuva atingiam o tigre. Este, incomodado, rapidamente sacudia as gotículas que se formavam sobre